quarta-feira, 30 de abril de 2014

Grêmio, melancolia, hipocrisia e anjo rebelde

Futebol é uma dança que eu tento, mas não consigo ver lógica e poucas vezes vejo arte. Mas mesmo assim fui ver grêmio perder nos pênaltis para o time do papa.

E lá encontrei João, um cara bacana. Somos colegas de coral, e temos afinidades como Legião Urbana. Colegas de melancolia também. A melancolia não tem cura, dizem.
Até que acho bom, pois a lástima da perda de um objeto que não se sabe exato qual é pode ter duas consequências: a paralisia ou a tentativa incessante de movimentação pra suprir a falta dele.
Estou no segundo andar da carruagem.


Hoje tive uma reunião na qual foi apontada uma certa falta de disciplina no trabalho. É, não é porque é serviço público e não se tem nada pra fazer que estou autorizado a consultar no horário que melhor convier a mim e a terapeuta.

Hipocrisia cobrar tanta minúcia de um servidor-estagiário. Mas entendo que há vontade do setor de recursos humanos de por ordem na casa.

A realidade é que existe uma hipertrofia nos órgãos públicos, e talvez não seja culpa dos servidores. O gestor fica pouco tempo em posições-chave, o fiscal que deveria ser o povo não atua. Podem me exigir rigor, horas-bunda sem fazer nada que foi o que fiz nessa semana. Tenho que dançar essa outra dança sem lógica e sem arte. Sem reclamar, pois ela é trampolim para meu futuro emprego, ela me garante carro, plano de saúde, alimentação, remédio, roupa...

Mas que é deveras entediante, isso é.


E o meu anjo rebelde está se aproximando... Mensagens de afeto... Ela vem tocando a rotina, como ela diz, meia-boca, dando aulas meia-boca, esperando ficar melhor.

Escrevo bem meia-boca esse post, sabendo que dias de inspiração melhores virão. Mas preciso deixar grifadas as sensações desse dia especial nessa cloud - esperando que ela desanuvie eternamente em terras sedentas por coisas boas.

Porque acho uma coisa boa escrever, acho bom o que escrevo e acho bom incentivar a escrever.

Bom dia!

Quando a recíproca não é verdadeira

Costumamos balizar nossos relacionamentos como uma mão dupla: eu faço, mas de certa forma espero ser ajudado quando você for acionado.

Há, contudo, um jeito de ajudar no qual a mão dupla se estabelece no próprio momento da troca. A própria aceitação da ajuda pelo necessitado pode ser considerado como um jeito de ajudar quem ajudou.

Se massageia o ego, se alimenta a onipotência, não sei direito, mas é gratificante poder ajudar sem depender de reconhecimento.

Pelo menos, cria-se menos expectativa e, portanto, se fica menos suscetível a frustrações.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vazio

Aquela sensação de que algo está faltando. Essa porra é capaz de me meter em muitas enrascadas. Ficar insatisfeito com o que já se tem. Ficar triste sem motivo aparente. Querer mais mesmo tendo o suficiente. Ansiar por um momento que se tenha algo que nem se sabe ao certo o que é. Arrepender-se dos caminhos tomados. Deixar-se levar por propostas de preenchimento instantâneo fugazes e cair na realidade com decepção. Tentativa de evitar a tristeza, de viver a vida em momentos sempre plenos.

Feito é melhor que perfeito, e a distância entre o feito e o perfeito é preenchida por esse vazio. Para diminuir o vazio, há de se aumentar a quantidade e qualidade do feito, deixando menos espaço pro vazio.

Tanta teorização pra dizer que minhas relações todas de hoje - chefe, arthur, cláudia, cris, tef, ju, mãe, fernando - não preencheram o meu vazio.

Ele é um monstro que precisa ser constantemente amansado, e quando não há ninguém para ajudar a distraí-lo, a gente precisa criar mecanismos de enganá-lo ou convencê-lo a não nos comer - pelo menos não agora, e assim vamos domando-o até a morte.

Ficava pensando em como seria a vida de um porteiro. O dia inteiro atrás de um balcão dando bom dia, boa tarde, boa noite, sem ter uma rotina com atividades mais elaboradas.

E descobri que, por mais consideradas elaboradas que sejam as atividades, a gente cai num esquema de rotina massacrante de qualquer jeito, basta encarar da maneira errada o cotidiano. Existe jeito de ser aborrecido em qualquer profissão.

E em qualquer amor.

E em qualquer amor há vazios.

3...2...1...

Regressão... Voltar a patamares dantes reconhecidos como bons porque a atual conjuntura parece estranha... Assim foi o meu domingo, em partes.

Dormi - o dia inteiro, esqueci de tomar remédio, não escovei os dentes antes de dormir... Mal e mal saí de casa pra levar a Neca pra passear...

Não me arrependo, porém, de ter dormido o dia inteiro, pois foi fundamental para me recuperar para o início dessa semana. O que talvez eu considere arrependimento tenha sido acreditar que a Cris fosse passar a tarde comigo.

Teve o episódio de domingo também no qual eu tirei ela do sono profundo e a mandei ir pra casa. Isso mostra o quanto fiquei com raiva da falta de carinho que ela tem por mim. Não que ela não goste, mas ela procura algo que a preencha, não uma companhia.

E eu sou uma boa companhia.

Sou?

Sou.

E também não sou.

Ninguém é o tempo todo, ou quando quer, como num botão on-off.

Posso, contudo, me tornar melhor companhia pra mim mesmo, evitando, assim, o sentimento de carência.

Antes de olhar no dicionário, eu conceituaria carência como uma espécie de vontade primitiva de ficar com outra pessoa. Sendo assim, não há critérios elaborados para esse fim: se há gostos em comum, se há compatibilidades bastantes para se ficar juntos. A carência tem por demanda suprir um objeto de desejo instantâneo, fugaz e, muitas vezes, danoso - por desconsiderar o conjunto dos elementos presentes na convivência com determinada pessoa.

Já a escolha racional de se ficar com alguém se dá de maneira bem mais estruturada, desapressada e coerente não apenas com desejos instantâneos mas também com outras peculiariedades de um vínculo efetivo: respeito, atenção, carinho, consideração, afeto...

Ninguém é capaz de suprir todos esses elementos a contento o tempo todo, entretanto num relacionamento não baseado na carência somos capazes de crescer como indivíduos e como casal.

Um dia espero alguém pra concretizar esse projeto, enquanto isso...

Não vim até aqui
Pra desistir agora
Entendo você se você quiser dar o fora
Não vai ser a primeira vez nas últimas 24 horas.

sábado, 26 de abril de 2014

Bom início de fim de semana

Hoje passeei com a Cris, praticamente fiquei com ela o dia inteiro. Fomos na Redenção, no shopping, levei ela numa consulta (sim, ela também sente falta da euforia assim como eu), fiz janta... Ela continua sem conseguir diferenciar as suas necessidades das dos outros.

Não sei se eu quero me enganar, acredito que ela goste de mim. A realidade é que ela ainda, e quiçá sempre, me consome tal qual a sibutramina.

De qualquer forma, experimentei uma sensação que até então não conhecia de se querer bem de se querer quem se tem...

Pode ser que eu acorde desse sonho em breve, desse controle travestido de solidariedade.

Mas o que me deixa feliz é que, em vez de ficar insistindo numa tentativa inútil de que ela fique comigo como eu gostaria, estou seguindo em frente.

A gente pode fazer escolhas erradas, mas jamais, jamais elas podem interferir de maneira a destruir tudo o que vinha sendo construído através de outras decisões.

Estou perdendo o medo de errar. Me arrisquei bastante ficando com a Cris pela milésima vez. Ela é sedutora porém muito hábil na arte de manipular. Também é autodestrutiva. Entretanto até sua tristeza parece alegre, ela irradia alegria. Não há como dissociá-la em várias Cristianas, mas eu tenho limites reais de envolvimento que me machucam. Não é bom investir num pseudonamoro. Seria pior ficar sozinho?

O que eu quero da Cristiana então? No que ela me ajuda? Um fato singular é a minha carência, de alguma forma sou importante pra ela. O simples fato de eu ter consideração por ela apesar de ela ter aprontado comigo a aproxima de mim.

Indulgências não serão vendidas mais!!

Será?


Enquanto isso, vou tentando descobrir no que a companhia dela tornou meu dia tão especial.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

À sombra da onipotência

Queria ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer

Precisei de algo forte para ter gana de escrever.

Aconteceu ontem. Foi transcrito aqui. Eu voltei a ficar com a Cris. Tentativa de transformar o outro sem que haja um legítimo desejo dele disso. A gente tem que aprender a lidar com a frustração, e eu quis ajudá-la. Ela vai me ligar, eu vou atender... Mas não vou apelar pra carência, não é saudável. Saudável foi eu ter feito todas as coisas sem que este episódio me paralisasse.

Sempre vou estender a mão à Cris. Não mais como namorado, mas como alguém que se solidariza com uma pessoa que tem plenas condições de ter um futuro digno mas se limita em prol de uma estabilidade medíocre. Sim, a euforia também é uma estabilidade, é uma rotina. E, assim como no coral, repetir a mesma nota, a mesma rotina pode ser muito mais desafiador do que o lugar-comum de trocar tudo à mínima coisa fora do planejado.

Tive vontade de presentear a Cris pela atitude dela de ficar comigo, por ela ter querido tomar decisões. Primeiro, ambos estão errados, pois eu não tenho que presentear e ela sequer tomou uma decisão.

Patience.

Por que não desisto? Porque houve um vínculo forte?

E por que tenho expectativa?

Eu posso conduzir uma amizade. Mas eu quero essa amizade? Ela não consegue se diferenciar d'outro. Ela não me procura sexta à noite.

Dia especial por ter me permitido experimentar algo considerado errado mas que o desejo falou mais alto. Significa que estou mais forte pra tolerar possíveis frustrações.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Segurando ímpetos

Tem dias que vai dar vontade de escrever mais de uma vez por dia, e, para segurar essa vontade, vou escrever mais de uma vez mas vou publicar apenas uma.

Hoje é esse dia. Tive vontade de regredir, o sono voltou a ser protagonista,  querer desistir de trabalhar, do Direito, tudo voltou a cena. Mas morreu no setting terapêutico, local adequado para eu fazer minhas cenas bizarras, surreais e legítimas.

SIm, legítimas, pois tem sua função. E estou endereçando em locais adequados a tarefa de regredir, espero que consiga fazê-lo assim para todo o sempre, ou pela maioria das vezes.

Regredir não precisa ser deletério. Pode ser um resgate... legítimo...

Minha falta de coisas para fazer aqui na Câmara precisa ser direcionada para contatos, leituras, estudos...

Há a expectativa de aproveitar esse tempo ocioso para terminar a faculdade.

As agruras de não trabalhar em algo que se gosta podem ser substituídas por uma carreira legal na área do Direito. Procurador, Juiz, advogado, promotor, defensor público....

Tenho n possibilidades...

Não preciso deixar a música de lado. Até pelo contrário, tenho que conhecer melhor meus colegas e me aprofundar na música, mas sem deixar minha carreira escanteada por algo lúdico.

E, pra finalizar a noite, voltando a crer na humanidade... Voltei a "conversar" com a Cris... Com muita cautela.

Cloud, vc não imagina o friozinho ruim na barriga que estou. Não consigo endereçar esse friozinho...

Espero não criar muita expectativa a respeito da Cristiana, que pelo menos eu ofereça a mão e, se ela quiser, pega e a gente começa uma relação saudável.

Bjs,

Dudu

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Decepções

Um dia pode ser considerado especial quando as decepções que você encontra pela frente se transformam em aprendizado. Ou conseguir seguir tocando o barco apesar das limitações alheias.

Queria muito que a Fran me respondesse, mas ela não quis e eu não tenho ingerência alguma para fazer ela gostar do meu jeito.

Disse ela que haveria um terceiro encontro, mas, misteriosamente, não atende o telefone, não responde skype, torpedo...

Pensei em mandar flores, em ir conversar com ela no intervalo do almoço, em mil coisas, mas a que mais me deu alívio foi um conselho de uma colega de coral:

- Se você parar de procurá-la, haverá dois resultados: ela sentirá sua falta e te procurará ou não sentirá falta alguma e você se livrará de um grande estorvo.

Consolador, não?

Eu tenho a minha linha linha de ação impulsiva e às vezes é bom agir segundo o que os sentimentos ditam.

Entretanto, ainda preciso calibrar essa minha capacidade de me embrenhar em novas relações para que aqueles que eu me meter possam se tornar vínculos sadios, recíprocos, duradouros.

Tenho sentido falta de amizades, hoje convidei o João do coral para comermos um xis no jogo do Grêmio contra o San Lorenzo.

Pensei nisso graças à dica do meu dentista que me aconselhou sobre relacionamentos, falou sobre seu filho que, por ter ficado careca no vestibular, perdera a namorada que depois tentou reconciliar com ele.

De volta vem a questão: para que quero um relacionamento? Será que não estou projetando a felicidade encima de alguém? Ninguém é capaz de te fazer mais companhia do que seus amigos, colegas, e principalmente do que a si mesmo.

E é aí que me refiro. Quando serei uma melhor companhia pra mim mesmo? Quando irei me orgulhar das coisas que faço? Quando conversarei comigo? Tocarei músicas pra eu ouvir?

Foi um dia triste porque fiquei desiludido. Perdi uma ilusão que era gostosa - literalmente, rsrs... O senso de humor continua, pelo menos.

Em breve, estarei apaixonado por outra moça. Mas só deixarei isso acontecer com mais indícios de que vale a pena.

Apesar da tristeza, fiz tudo, e é por isso que hoje foi um dia especial.

Bjs, cloud, acho que vou correr de novo.


Um dia normal

Não ser fora do comum parece ser muito monótono. Mas é desejável, fortes emoções full time derrubam qualquer um. Ontem, escrevendo hoje, cuidem bem de mim, e ainda por cima não cumpri tudo o que me planejei e não me senti culpado por causa disso. Talvez por esse fato singular tenha sido um dia especial.

Fui na galeteria com a cunhada no seu aniversário, fui na psicóloga, cumpri rotinas do trabalho, procurei meu anjinho...

...Anjo rebelde... Ou cauteloso demais...

Gostaria de ter arrumado o quarto, mas fica pra outro dia, quem sabe hoje? Gostaria de ter corrido, mas priorizei o galeto. Decisões. Nem tudo sai conforme planejamos, aliás, muito poucas coisas saem conforme planejamos até porque temos o costume nefasto de planejar coisas que fogem de nossa alçada.

Ontem não teve as piadas do Arthur... Não teve o café com o pessoal do Memorial.... Não teve nenhum evento que se pudesse dizer, nossa, que dia significativo...

E justamente por ter enfrentado esse dia com dignidade e altivez é que considero um dia especial. Até porque teve conversa com a Ju no intervalo, teve o café da Naidel, teve som no carro...

E hoje pretendo escrever sobre hoje. Não querendo dias espetaculares sempre, mas fazendo até dos dias normais, dos dias difíceis dias especiais.

Porque viver é muito especial e se tem notícias de que se vive apenas uma vez, até que se prove o contrário.

Beijos, cloud! Até algumas horinhas.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Procrastinar

Tem dias que escrever aqui vai ser o maior saco, e o desafio desse dia será tão-somente o ato de escrever fazendo dessa rotina algo que tenha razão a longo prazo.

Hoje, um grande trunfo: consegui correr e caminhar alternadamente meia hora. Mas é grande mesmo, pois arranjei todas as desculpas possíveis para deixar de fazer isso hoje, e num lampejo de lucidez eu decidi encarar de frente essa etapa para o meu emagrecimento e qualidade de vida em geral.

Tenho muita energia, e ela deve ser gasta com atividades o tempo todo. Preciso ficar cansado à noite, para ter um sono restaurador. A atividade física só virá para beneficiar. Salvo uma contusão que outra...

Preparei minha primeira lista de exercícios de matemática pré-prova. Fiquei orgulhoso de mim, e agora externo esse sentimento por ter conseguido encarar de frente essa etapa para o meu desenvolvimento como pessoa, ajudando pessoas que me ajudam também.

São gratificantes os relacionamentos de mão dupla, como esses professor-aluno nos quais há uma contrapartida de quem me contrata. Nos relacionamentos amorosos, exijo que seja assim também... Tenho receio de que o meu anjo não queira retribuir os meus afetos, isso me deixará triste caso se confirmar...

Será que terei maturidade caso ela queira só amizade ou nem isso? Nem isso será fácil, basta esquecê-la, talvez a novidade para mim será aceitar que uma mulher pode gostar de ti de diversas maneiras que não a amorosa e nem assim desgostar de ti...

Ti, Eduardo Macedo, professor de Matemática e ex-procrastinador.

Que essa semana curta seja bem curtida, com coral, dentista, psicóloga, Ana, almoços, violões, cantorias dentro do carro, risadas com a Arthur, cafés com o pessoal do Memorial...

E a felicidade a gente não pode procrastinar, sob o risco de estar morto durante a vida.

Vamos deixar os zumbis para a ficção?

domingo, 20 de abril de 2014

Começando

E a rotina crescia como planta
Engolia metade do caminho

Renato Russo

Escrever algo que fosse engraçado, que tivesse um propósito, e fosse interessante é uma ideia que me assola desde 1997, quando estava visivelmente despreparado.

Escrever é para ser algo que te conduza por uma via avessa à mesmice. Já chega as tarefas que são comumente feitas como cuidar do corpo, do dinheiro, da casa, ainda imputar no modo de escrever uma rotina?

Tem de ser algo, portanto, libertador, uma espécie de permissão para extravazar, uma euforia contida - se existisse euforia contida.

Buenas, a proposta desse blógue é narrar situações ocorridas no dia que suscitaram desafios ou que tenham deixado um gostinho de dia especial. Quando a vida não se encarrega de tornar os dias assim, a gente tem o livre-arbítrio (perdão, Dawkins) para torná-los suportáveis com a criatividade.

Comecemos por esse domingo... Recebi um torpedo me mandando beijinhos com gosto de chocolate... Espero que os beijos virtuais de chocolate se transformem em reais, ao vivo, pelas circunscrições do trabalho do meu anjo...

Hoje o desafio feito por mim foi começar uma leitura mais densa. Li um conto de Machado de Assis. Parece pouco? Estou há dez anos sem ler de maneira sistemática. É um período longo, e comecei aos poucos. Me propus a ler um romance de pouco mais de cem páginas do Duca Leindecker antes de encarar o patrono da ABL.

Também rememorei coisas boas que escrevi no face, tipo

Das responsabilidades

Nossos pais eram o orgulho da Nação
Agora é nossa vez
Danação!

Também passeei na Redenção quando eu queria ter ficado amuado em casa esperando o contato do meu anjo. Esforço em ficar bem.

Não sei se ela será minha namorada, nem sei se voltaremos a ficar, mas os poucos momentos que tivemos e o simples fato de eu a ter conquistado por dois almoços me fez flutuar por dias a fio. Quarta foi mágico. Após o ensaio do coral, eu estava dirigindo e cantando em voz bem alta, tanto pelas emoções do dia quanto pelo elogio dos colegas em relação a minha voz. Quinta, arrisquei o encontro novamente, e foi sensacional, pude ver um sorriso que definitivamente fui em quem ajudei a produzir com o meu poder de sedução.

Ser potente, não ficar paralizado pelo medo de que as coisas deem errado, é uma experiência recente pra mim. Não duvidar das minhas capacidades, entre tudo, tem uma data que escolhi de início: 11 de março. Foi o dia que cheguei consternado na sala da Ana Lúcia e ela me falou de todas as coisas que eu era incapaz de enxergar. Escrevemos uma lista que está estrategicamente pendurada no meu quarto, afim de que eu fixe ao olhar frequentemente tudo o que minha mente sabotadora me omite.

A mente mente... Dizem os meditadores... E mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira....

Mas quero que fique como marco nesse dia a leitura. Não há como ampliar o discernimento das coisas se eu ficar limitado a ler conteúdo de internet. Os livros são um manancial imprescindível de conhecimento e formação de opinião.

E o tempero disso tudo foi a minha até então camuflada capacidade de conquistar uma mulher cujos interesses por mim me interessam, ao avesso de outras cujos interesses por mim não me interessaram.

Mas, sem querer apagar o que já foi dito, talvez o desafio maior não tenha sido se propor a ler novamente, mas sim encarar o Universo da escrita criando mais esse blógue. Encarar-se escrevendo e reler o que já foi escrito é um exercício não sempre agradável. Como passos de dança, às vezes se fica muito duro, às vezes cansa, às vezes não há compasso entre a dança e a música.

Tenho tarefas importantes para a semana, mas, sem sombra de dúvida, a de maior ansiedade é administrar o sentimento que, tenho que admitir, é de um apaixonamento pelo meu anjo ainda que não tenha muitos elementos para arguir se ela é compatível com meu jeito.

As dúvidas são grandes, mas poderão ser amenizadas se eu tratar a situação com calma, paciência e usar minha impulsividade e agressividade para combinar um encontro numa data em breve.

Muito provavelmente ela não esteja tão afoita quanto eu, tenho que seguir o step by step.

Beijos, cloud.. Até amanhã, tornando mais um dia especial.