Por falar em obsessão, vou começar terça-feira um trabalho voluntário numa casa espírita e, confesso, sou meio carente de Deus e procurei orientações. Como falei que sou bipolar e que, às vezes, isso pode significar uma desconexão entre realidade e imaginação, logo logo me mandaram pras reuniões de desobsessão especial, das porrada.
Também vi simpatia pelo velhinho do velhinho Chico, o papa pop que não poupa ninguém. Mas a Inquisição é osso duro de roer, se esse Deus existisse pouparia tanta gente boa da fogueira.
E o ateísmo? Também é difícil, pois há algo.
Esse algo é a Natureza e suas leis. Nesse ponto, eu, os panteístas, Bento Espinosa e Albert Einstein concordamos.
Agora, se há algo além desse algo, sobrenatural, não sei, não há como aferir com ferramentais naturais, pois senão também seriam fenômenos naturais.
Conheci um deusinho pequenininho, tímido, presente ao longo desses quase noventa posts que eram pra ter sido trezentos e sessenta e cinco. Ele me tirou da cama, me deu uma noiva, me deu significado ao cotidiano, ânimo para perseverar em busca das eudaimonias, ataraxias, vontades de potência ou seja lá que nome se dê ao bem-estar, me deu uma família linda e maravilhosa que eu ajudo a lapidar e me permito ser lapidado, me deu uma nova faculdade e um sentido para existir academicamente.
Esse deus se chama esforço e está dentro de cada um de nós.